Foi assinado na tarde de quinta-feira (21) o convênio para a construção da Casa da Mulher Brasileira em Ponta Porã, primeira unidade a ser construída na região de fronteira com o Paraguai, cerca de 315 km de Campo Grande.
O ato da assinatura aconteceu no Centro Internacional de Convenções na presença do governador do Estado, Eduardo Riedel, das ministras do Governo Federal, Sônia Guajajara, dos Povos Indígenas, e Cida Gonçalves, Ministra das Mulheres, do diretor de coordenação Carlos Carboni e do diretor-geral da Itaipu Binacional, Enio Verri, do presidente da Câmara Municipal, Agnaldo Miudinho, deputados estaduais, federais, vereadores e prefeitos de Ponta Porã e cidades vizinhas.
Segundo informou o prefeito de Ponta Porã, Eduardo Campos, o investimento é de R$ 8 milhões, sendo R$ 6 milhões da Itaipu e R$ 2 milhões da Prefeitura de Ponta Porã. O Governo do Estado fornece como contrapartida os serviços que compõem a rede de atendimento de violência contra a mulher.
A Casa da Mulher terá atendimento integral e humanizado a todas em situação de violência, reunindo no mesmo local serviço de assistência social, apoio psicológico, segurança pública, justiça e direitos. Também contará com abrigo temporário e ações para promoção da autonomia econômica das mulheres.
Campos ainda ressaltou a importância da Casa da Mulher Brasileira no atendimento das mulheres de Ponta Porã, afirmando que é um tema que demonstra sensibilidade social porque se trata de um projeto que privilegia o ser humano.
“É um avanço na luta contra a violência' disse Agnaldo Miudinho,presidente da Câmara.
O governador disse que a simbologia é muito forte em poder formalizar grandes parcerias e destacou as presenças das ministras Sônia e Cida. “Aqui nós trabalhamos com harmonia e respeito, com diálogo aberto e franco, só assim vamos conseguir diminuir a violência contra as mulheres e atender as comunidades indígenas'. Riedel assinou convênios para atender oito aldeias indígenas de Ponta Porã e região com água tratada. “Um estado que cresce 6% ao ano não pode permitir que as pessoas não tenham acesso a água e temos que acabar com a extrema pobreza em Mato Grosso do Sul', ressaltou.
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, disse que a violência doméstica é uma questão de ódio que precisa acabar. “Precisamos nos unir para combater a violência contra as mulheres. A cada 6 horas uma mulher é vítima de feminicídio no Brasil. Isso não é problema de partido político ou ideologia, é questão de ódio que precisa acabar, queremos harmonia e respeito', disse.
Já a ministra Sônia Guajajara aproveitou para falar sobre a parceria para levar água tratada para as comunidades indígenas. “Não queria mais fazer visitas para prometer, mas agora estamos aqui para entregar'. Ela disse que gostaria que os prefeitos enxergassem os indígenas não como um problema, mas como munícipes que participam do desenvolvimento dos seus municípios. “Vamos levar condições estruturantes para que eles possam trabalhar e gerar renda para uma vida digna', ressaltou.
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