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Ameaçado de extinção, tatu-canastra capturado será monitorado

O uso do GPS no animal vai identificar os corredores ecológicos que ligam o parque a fragmentos de mata nativa

10/01/2025 às 10h25
Por: JOAO PEDRO Fonte: MS News
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Ameaçado de extinção, tatu-canastra capturado será monitorado

Fêmea adulta de tatu-canastra, espécie ameaçada de extinção, foi capturada para começar monitoramento inédito na região de Três Lagoas. A captura feita no PNMP (Parque Natural Municipal do Pombo), na madrugada de quarta-feira (8), representa avanço no estudo e conservação da espécie.

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Uma fêmea adulta de tatu-canastra, espécie ameaçada de extinção, foi capturada no Parque Natural Municipal do Pombo, em Três Lagoas, para um monitoramento inédito. O projeto, realizado pelo Instituto de Conservação de Animais Silvestres em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agronegócio, visa entender a movimentação e o uso do habitat do animal, que já era monitorado desde 2022. Com a instalação de transmissores de GPS, os pesquisadores esperam obter dados sobre os deslocamentos noturnos e padrões comportamentais, além de identificar corredores ecológicos que conectam o parque a fragmentos de mata nativa. O tatu-canastra, considerado o maior tatu do mundo, desempenha um papel ecológico importante, pois suas tocas servem de abrigo para diversas espécies.

A ação é realizada pelo Icas (Instituto de Conservação de Animais Silvestres) em parceria com a Semea (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agronegócio). O parque está entre os maiores complexos de preservação de vegetação e fauna de Cerrado em Mato Grosso do Sul.

De acordo com o coordenador do Projeto Tatu-canastra, Gabriel Massocato, o animal tem 34 quilos e 1,45 metro, e já estava sendo registrado nas armadilhas fotográficas desde 2022.

“Ela é saudável, com escamas muito bonitas, e vive dentro do PNMP em uma área bem preservada do Cerrado. O monitoramento com transmissores de GPS permitirá entender melhor a movimentação desse animal e o uso da paisagem tanto dentro quanto fora do parque, e identificar os corredores ecológicos que ligam o parque a fragmentos de mata nativa ao redor', explicou.

O projeto monitora a espécie no Pantanal desde 2010, com 44 animais já acompanhados. Agora, a atuação foi expandida para o Cerrado.

“Com o GPS, teremos informações detalhadas sobre deslocamentos noturnos, áreas de uso preferenciais e padrões comportamentais. Isso nos ajudará a dialogar com as comunidades locais sobre a importância de conservar áreas essenciais para a sobrevivência da espécie', destacou.

Durante mais de dois anos, o projeto trabalhou com um grid de 80 câmeras que já registrou espécies raras como o cachorro-vinagre e outras ameaçadas de extinção, como o lobo-guará e a onça-parda.

O presidente e fundador do Icas, Arnaud Desbiez, ressalta que o tatu-canastra é como se fosse um detetive ecológico, através dos dados de movimentação ele vai ajudar os pesquisadores a identificar potenciais corredores que conectam o parque aos fragmentos de habitat nativo ao redor.

Além disso, Desbiez também explica que o projeto inclui análises de saúde do animal e ajuda a comparar padrões de saúde e ecológicos em diferentes biomas em que o projeto atua.

“Esse trabalho é essencial para entender como a matriz agrícola impacta a movimentação da espécie e priorizar algumas áreas ao redor do parque para manter a conectividade do parque com outros fragmentos de mata nativa', explicou.

Tatu-canastra - O tatu-canastra é considerado o maior tatu do mundo e uma das espécies mais emblemáticas da fauna sul-americana.

As tocas cavadas por eles podem atingir até seis metros de comprimento, e servem até de refúgio para mais de 100 espécies de vertebrados e 300 espécies de invertebrados.

Os adultos podem pesar entre 28 e 60 quilos, dependendo do bioma, e medir até 1,5 metro de comprimento, incluindo a cauda. Sua garra dianteira atinge cerca de 13 centímetros.

A espécie apresenta uma maturidade sexual tardia, entre 7 e 9 anos, e um ciclo reprodutivo único. As fêmeas geram apenas um filhote por vez, com as gestações durando cinco meses. O intervalo é de 3 a 4 anos entre as crias.

 

 

 
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