A Piracema começou há cerca de uma semana em Mato Grosso do Sul e a PMA (Polícia Militar Ambiental) divulgou o primeiro balanço da Operação Piracema nesta segunda-feira (11).
Nestes primeiros dias, as equipes do 2º BPMA realizou 36 fiscalizações em peixarias e comércios de pescado em várias localidades do Estado. As fiscalizações resultaram em três autuações ambientais, totalizando R$ 7.874,00 em multas e 188,7 kg de pescado em situação irregular foram apreendidos.
A operação, realizada anualmente, visa proteger as espécies nativas durante o período de reprodução, garantindo a sustentabilidade dos recursos pesqueiros. O período de proibição exige a declaração de estoques e o cumprimento rigoroso das normas ambientais.
Para coibir crimes ambientais, 500 militares integram a Operação Piracema, que começa nesta terça-feira (5), em todo o Mato Grosso do Sul. Até o dia 28 de fevereiro de 2025 está proibido todo tipo de pesca no Estado, desde a modalidade Pesque e Solte, a pesca amadora e também a profissional. No Rio Paraná, a pesca está proibida desde quarta-feira (1º).
Segundo o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de MS), o baixo nível dos rios este ano é um agravante para a piracema. Isso porque, o nível baixo facilita a pesca predatória em período que os peixes sobem o rio para a reprodução. O Rio Paraguai, em Ladário, atingiu o menor nível histórico no dia 8 de outubro, superando o recorde registrado em 1964.
Em maio de 2024, a ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico) declarou escassez hídrica na bacia do Rio Paraguai, pela primeira vez na história. Conforme o Imasul, a situação de seca gera muito mais obstáculos para os peixes que sobem para se reproduzir.
Coordenador de georreferência da PMA, o Tenente-Coronel Jose Carlos Rodrigues, explica que foram mapeados 184 pontos críticos onde o policiamento da Piracema seja mais efetivo e eficaz, devido à incidência de pesca ilegal.
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